Três linhas de trem, que transportam quase 1 milhão de pessoas por dia, estão total ou parcialmente paralisadas desde a meia-noite de ontem (12) por causa da greve dos ferroviários da capital paulista. Apenas a Linha 9 – Esmeralda, que faz o percurso de Osasco, na Grande São Paulo, ao Grajaú, bairro da zona sul, está totalmente interditada. De acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), por volta das 8h30 não haviam sido registrados tumultos nas estações.
Estão parcialmente paralisadas as linhas 11 – Coral, no trecho entre as estações Guaianazes e Estudantes, e 12 – Safira, entre a estação Engenheiro Manoel Feio e Calmon Viana, ambas na zona leste. Na Linha 11 são transportadas 200 mil pessoas por dia. Na linha Safira, não existe um levantamento sobre quantos passageiros utilizam o trecho que está paralisado. A CPTM informou apenas que em toda a extensão da linha circulam diariamente 240 mil pessoas.
O Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), que disponibiliza ônibus para fazer o percurso interditado, foi acionado em alguns trechos. Na Linha 9, haverá ônibus entre as estações Pinheiros e Grajaú; e na Linha 12, entre as estações Itaquaquecetuba e Poá e entre Itaquaquecetuba e Itaim Paulista. A Linha 11 será atendida pelo Paese integralmente.
A greve dos ferroviários foi deflagrada na noite de ontem (12), após a CPTM rejeitar a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que previa, entre outros pontos, reajuste de 8,56%. O tribunal chegou a apelar para que os trabalhadores evitassem a paralisação antes que fosse anunciada uma decisão do TRT sobre o impasse.
As paralisações correspondem às linhas que são operadas por empregados representados pelos sindicatos dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana e dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona da Central do Brasil. Por isso, a greve afeta três das seis linhas da companhia de trem.
Agência Brasil